5 de nov. de 2014

O que se vê importa

Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra daqueles que se desviam; não se me pegará a mim.
Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau.

Salmos 101:3-4

Comentário:

Em minha opinião, o que o Davi quis dizer poderia ser resumido em: o que se vê pode influenciar aquele que vê. Ou seja, se Davi colocasse "coisa má" diante dos seus olhos, aquilo poderia se pegar a ele. Como uma alternativa ele oferece "não conhecerei o homem mau."

A pergunta que se faz é:
Se alguém "por coisa má" diante dos seus olhos pode acabar ficando mau também?

Primeiramente é necessário se entender o que é "coisa má", o que significa colocar isso diante dos olhos de alguém e, por fim, o que quer dizer essa "coisa má" se pegar a alguém.

Uma sensação terrível me vem ao coração: se as coisas más (morte, ódio, vingança, imoralidade, sexualidade desmedida) que eu, voluntariamente, tenho colocado em minha frente, principalmente nas horas de entretenimento tem um efeito de me tornar mau, então eu devo estar um homem muito mau... cheio de morte, ódio, vingança, imoralidade, sexualidade desmedida...

Quem poderá mudar meu coração?
Como poderei ser mudado?
Haverá como mudar o interior de um homem mau?
Ai, ai!









A vitória conquistada


"Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho."
Provérbios 20:17

Comentário:

Quando olhei para trás, vi que muitas conquistas minhas foram baseadas em facilidade, engano, mentiras. Não houve o esforço e a luta necessária para o triunfo alcançado.
Por isso, quando desfrutava dos despojos depois da vitória, fui surpreendido por grandes decepções que me fizeram me entristecer e chorar.
Quem sabe é hora de voltar atrás e buscar o cerne da questão, agarrar-me ao aprendizado e ao amadurecimento que se obtém durante a luta.
Mais do que a vitória, quero aprender com a luta:
- Tornar-me mais resistente é ser mais paciente;
- Ser obrigado a me defender é ser mais prudente;
- Avançar contra o inimigo é ser persistente;
- Nunca baixar a guarda é ter esperança;

Tenho certeza que ao comer pão conquistado com a verdade não terei minha boca cheia de areia.
 Amém!

25 de set. de 2014

Guerra ou Paz?

"É melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de iguarias e com desavença." Provérbios 17:1

"Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." Tiago 3:18

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Comentário:

Há pessoas que vivem sem paz porque estão em meio à guerra...
Há pessoas que vivem em guerra mesmo em terras de paz...

É possível viver uma vida de lutas e dificuldades mesmo estando em uma terra pacífica e agradável.
Basta convidar a desconfiança, a intriga, a ira, o ódio para entrar pelas portas do coração, da família, dos relacionamentos, da igreja, do local de trabalho. Mesmo que estes locais sejam ambientes maravilhosos, eles se tornarão terríveis por sentimentos que brotaram em nosso coração em meio a situações cotidianas.

Eu preciso exercitar esse versículo de provérbios diariamente, confesso! Sair perdendo para não perder a paz. Que desafio!
Todos queremos justiça, mas, na lógica da bíblia, os frutos da justiça são semeados de maneira pacífica. Só é possível colher justiça quem semeou justiça. E a colheita desse fruto é reservada aos que exercitaram a paz. Incrivelmente a bíblica associa justiça à paz e coloca como falida a tentativa de se obter justiça em meio a guerra. Interessante. Como eu gosto de guerrear para obter justiça...
Às vezes me vejo como um "guerreiro da justiça", mas esse papel foi confiscado por Deus para ser exercido por ele mesmo, quando Ele diz: "minha é a vingança".

Aleluia!


22 de ago. de 2014

Por quê obedecer?

Em Deuteronômio 17:1-7, Moisés explicita a advertência contra a idolatria dada pelo SENHOR Deus.
Fiquei pensando no castigo da desobediência a essas leis, era a morte.
E me fez pensar no que seria necessário fazer aquele povo aderir a leis tão extremas. E me veio na mente o que eu vivi como brasileiro. São mais de 500 anos vivendo nessa terra, muita história, muita mudança.
Como brasileiro tenho a ideia de que pouco se estuda sobre a história da libertação do Brasil e a sua transformação em república. Sabemos pouco sobre os heróis do passado, quando conhecemos, são seus nomes, às vezes datas e pouquíssimos detalhes dos seus feitos. Sua lutas não são estudadas, seus dilemas, seu sacrifício, suas crenças e esperanças. Quem sabe se isso não afeta nosso nacionalismo. É tão comum falar mal do Brasil. É tão comum para o brasileiro falar palavras duras sobre o Brasil, sobre o povo brasileiro, sobre o governo brasileiro. Parece ser tão incomum um sentimento de orgulho pela nação, especialmente quando se está no exterior...
Será que essa é a razão de não nos importarmos com as nossas leis,
Não nos culpamos por descumprir uma regra,
Afinal, dizemos que não estamos em um país que é sério,
Não nos incomoda um brasileiro passando necessidade,
Afinal, dizemos que são todos é espertos e ladrões,
O que nos afeta é o erro do outro,
A vantagem que o outro tem é inaceitável,
O lucro desonesto do outro é imoral,
Mas "felizmente", nós mesmos não fazemos nada disso...

Ao meu ponto de vista, o SENHOR quis prevenir essa sequência de reações com o povo de Israel.

1. Ao libertá-lo do Egito de uma forma milagrosa e impossível de ser realizada por meios naturais, com sete pragas, desmoralização da monarquia e deidades egípcias, abertura de um mar, vingança dos inimigos,
2. Ao sustentar o povo no deserto de forma sobrenatural, fogo, nuvem, raios, trovões,
3. Ao vencer as guerras para o povo de Israel, derrotando um povo que era mais poderoso, mais forte, mais numeroso, mais bem preparado,

o SENHOR queria deixar claro uma coisa: a autoridade era d'Ele. Ele era o Rei daquela nação. As regras eram ditadas por Ele. E ninguém poderia questioná-Lo. O raciocínio era: Todo aquele que conscientemente soubesse quem Ele era e o que Ele tinha feito teria um reflexo natural de respeitá-lo.
Se o povo de Israel sempre estivesse se lembrando do que fez o Senhor por Eles, e que havia sido Ele que havia proporcionado toda aquela fartura a eles, então seria de esperar obediência.

E se eles se esquecessem?
Então, o SENHOR ordenou as Festas anuais obrigatórias, sete dias sem trabalhar, parados, somente se lembrando do que o Senhor havia feito por eles.

Então vieram as Leis. Regras duras, mas com bom senso, que visavam a manutenção de uma sociedade harmônica. Algumas leis eram difíceis de serem seguidas, e gastava-se tempo com as obrigações pessoas com o SENHOR.
O que faria um povo obedecer tais leis?
Recordação periódica de quem era o seu legislador, o SENHOR, o qual tinha autoridade para ditar leis para aquele povo. Ele tinha história com aquele povo, longa, havia estado presente desde Abraão. Além disso, o SENHOR tinha poder de castigá-los caso desobedecessem aquelas leis. Havia avisado extensivamente seus antepassados das duras consequências da desobediência.

Conhecimento da história e reconhecimento de pessoas que trouxeram liberdade a uma pessoa ou a um povo parecem ser essenciais para se viver o presente com mais prudência e humildade.

Hoje, podemos conhecer a Bíblia e reconhecer o amor de Deus por nós através do seu filho Jesus Cristo.
Quem é que pode me pedir para viver de maneira separada e santa?
Somente Aquele que me trouxe a vida que tenho hoje, me deu a liberdade da qual desfruto, me investiu da autoridade em seu nome, Jesus.

Por quê devo obedecer ao SENHOR Jesus?
Por que é Ele quem está me pedindo, e eu sei o que Ele fez por mim.
Por quê negar tantos prazeres dessa vida?
Por que é meu amado Deus e Pai quem me pede, e eu sei quem Ele é, o que fez por mim, como Ele me ama e o que é capaz de fazer com quem o desobedece. Desobedecê-lo é desprezá-lo. Desprezá-lo é não se importar com Ele, que é o mesmo do que não valorizar sua atitude de dar seu Filho Jesus em nosso favor.
E isso é ingratidão, é virar as costas ao amigo, é desprezar quem nos ama. É devolver com indiferença a um Pai.
Obedecer é amar, obedecer é reconhecer, é valorizar, é mostrar interesse, é se importar.